O mais importante é a inovação

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Uma das únicas certezas que temos, em face de toda a trajetória do mundo, desde os primeiros indícios de vida na Terra até os dias atuais, é a de que o mundo não para. Lugares, valores, referências, sonhos, percepções, profissões, tudo continua constantemente mudando. E o maior desafio é entender como nós, seres humanos, podemos acompanhar tudo isso.

Uma iniciativa relevante é a plataforma Horyou, que se auto-denomina uma rede social do bem comum, constituída por um público internacional de internautas, organizações sem fins lucrativos e personalidades, envolvidos em promover o bem através da sua arte, ao compartilharem na plataforma online e ao participarem em eventos offline. A plataforma realiza periodicamente a Horyou Village e o SIGEF ((Fórum de Inovação Social e Ética Global). Na edição desse ano, que acontecerá de 23 a 25 de Outubro em Genebra, Suíça, os organizadores pretendem criar a oportunidade perfeita para repensar o futuro da saúde, da educação, da arte, do ambiente e do planeta em geral sob a ótica da inovação social e da sustentabilidade.

Ações como essa valem a reflexão sobre como, cada vez mais em qualquer campo de trabalho e em qualquer forma de sociedade, o mais importante é a inovação. Respeitando valores, crenças e promovendo a justiça.

O escritor desse blog teve a oportunidade de entrevistar o CEO da Horyou, Yonathan Parienti, e o bate-papo (originalmente realizado em inglês) segue abaixo:

Victor Gonçalves: Qual é a importância do SIGEF no cenário atual de crises econômicas, intolerância e descrença?

Yonathan Parienti: Muitas pessoas de todo o mundo estão mostrando prontidão para se comprometerem com a causa da inovação em benefício de todos. É de extrema importância no meio-ambiente atual destacarmos e darmos mais espaço aos cidadãos conectados através da Horyou e que estão indo ao SIGEF para ajudar a construirmos um futuro melhor. Em toda sua diversidade, e envolvidos em seu entusiasmo e comprometimento excepcionais, eles são a melhor resposta para a intolerância. Nós testemunhamos isso na edição do SIGEF do ano passado, e vamos viver isso novamente esse ano, com toda certeza. Inovação, quando acompanhada de valores humanos e empatia, é um dos melhores antídotos para crises econômicas.

VG: Qual foi a ação mais inspiradora que já aconteceu no SIGEF, desde sua criação?

YP: Bom, um dos melhores exemplos é Claire Mimboe Ndi-Samba, uma jovem senhora de Camarões, que ofereceu e ainda oferece toda sua energia e seu tempo para a causa de crianças, filhas de pais que estão presos, garantindo que elas mantenham laços fortes com suas famílias, especialmente com as mães, via Repcam – uma organização que ela fundou para esse propósito. Sua dedicação excepcional e sua ação em uma situação muito difícil e desafiadora, especialmente para uma mulher, lhe garantiram um prêmio no SIGEF 2014, ao qual ela se agarra com orgulho e gratidão. Ela diz que o reconhecimento lhe deu a força, a visibilidade e a assistência que ela precisava para continuar, quando estava seriamente pensando em desistir, por falta de consideração e suporte.

VG: O que uma pessoa pode fazer para contribuir com a sociedade onde vive?

YP: Pode começar cada dia com um sorriso e a boa vontade em saudar e curtir a vida, com a crença de que é possível nutrir e cultivar nossa paixão enquanto fazemos o bem para as pessoas ao nosso redor.

VG: Você tem um exemplo de mudança, melhora ou contribuição feita no Brasil, em aspectos de bem-estar para a sociedade?

YP: Em sua plataforma, a Horyou tem dedicado um ambiente especial para seus membros mais ativos, chamado Live & Dream (“Viva e Sonhe”, em tradução livre), onde eles têm a oportunidade de viver seus sonhos. Através dessa ferramenta única, e baseado em suas contribuições, interações, e publicações na comunidade Horyou, membros ativos podem ser convidados para viagens e eventos especiais. Em março de 2015, dois membros da Horyou foram designados a fazer parte de uma jornada pelo Brasil e pela Amazônia. Passaram algum tempo lá realizando filmagens e documentando o trabalho de três ONGs. Depois, se aventuraram pela floresta tropical, conhecendo a vida do povo Asháninka, liderados pelo “caçador de sons” e explorador internacional Christian Holl.

VG: Você acha que a juventude pode realmente mudar o mundo e o futuro das próximas gerações?

YP: Nós acreditamos fortemente que a juventude é e será envolvida na construção do futuro da humanidade. É por isso que temos que nos assegurar que eles possam se identificar com a sabedoria de seus antepassados, para conectar-se com eles e entender o curso da humanidade através da História e a suprema importância dos princípios de preservação da vida – o pilar para um futuro melhor para todos.

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