O mais importante é o ritual

O mundo gira em torno de horários, que devem ter sido criados para ajudar no controle da sociedade. Mas muitas pessoas não seguem o chamado “horário comercial” para trabalhar, ou mesmo para dormir. Algumas delas afirmam, inclusive, que “produzem” mais durante a madrugada, quando há mais silêncio, menos interrupção por telefones, e consequentemente mais tempo útil para a inspiração.

Sentir-se desconfortável, pressionado ou até culpado por não estar dormindo, quando “todo o resto do mundo” (ou pelo menos do Brasil) está, para mim, é comum. Pior ainda é sentir sono quando “todo o resto do mundo” está trabalhando. Mas e o ócio criativo, tão valorizado pelos psicólogos e filósofos, não pode tomar parte de um indivíduo durante a madrugada? Ou só se tem espaço para a ansiedade? 


Ao invés de ficar na eterna contagem do “se eu dormir agora, vou dormir x horas....se eu dormir agora, vou dormir y horas”, que tal fazer um exercício de relaxamento? Uma atividade respiratória, uma mini-meditação? Mas, viu, quem consegue, com esse calor?


O mais importante é o ritual. Se houver uma rotina, a ser repetida todas as noites, o sono vem mais rápido. Como se de avião, ao invés do ônibus lotado na estrada esburacada das noites de insônia. 

O ritual passa a afetar o seu cérebro de tal forma, que só se percebe que funcionou no dia seguinte. Se mesmo assim não funcionar, um bom banho antes de ir para a cama e o travesseiro certo devem resolver.

Comments

Popular Posts