Tentar reviver uma fase importante e transformadora da vida, sob circunstâncias diferentes, pode ser frustrante. Um trabalho que não traz mais realização, uma amizade que já não é correspondida, um romance que não faz mais sentido, um objetivo profissional ou pessoal que não mais se encaixa à sua realidade. O apego à memória agradável faz com que se acredite no potencial de sua repetição ou continuidade. Mas às vezes é só uma questão de expectativa que já nasce cheia de ilusões.
Será que é melhor deixar momentos inesquecíveis na lembrança ou é possível tentar recriá-los? Como lidar com a comparação, com a ansiedade, com a frustração, se a memória tem mais emoção do que razão?
O mais importante é resignificar. Reconhecer que a situação ou fase importante está no passado, que ela contribuiu para o presente, e que o futuro pode ser ainda melhor. Dar um novo sentido ao passado pode fazer toda diferença, sem tirar sua importância, mas permitindo que novas fases importantes surjam e sejam tão ou mais significativas.
Isso mesmo. O apego luta contra a possibilidade de ressignificacao porem quando ela encontra a oportunidade e faz o trabalho direito, um mundo de infinitas possibilidades se abre. E isso é muito bom, quase magico. Lindo texto!